Etiqueta: preconceitos na medicina

As Verdadeiras Notícias Falsas: quando a Ciência é usada como Propaganda

propaganda

Propaganda. Sabia que os médicos e cientistas podem ser corrompidos ou estarem simplesmente errados?

As pessoas parecem dar aos médicos e aos cientistas o benefício da dúvida quando se fala das suas descobertas e opiniões sobre coisas como aquecimento global, organismos geneticamente modificados, pesticidas, produtos químicos e o quão pouco saudáveis certos alimentos e hábitos são.

Mas, tal como qualquer outro ser humano, os cientistas e os médicos são, bem… humanos. Eles podem equivocar-se, ficarem confusos, serem corrompidos e obstinadamente opinativos.

De acordo com a Natural News, cerca de 20 mil médicos recomendaram fumar cigarros para ajudar na digestão.

A Camel em 1940 tinha uma campanha publicitária cujo slogan era “More Doctors Smoke Camels” [Mais Médicos fumam Camel].

Eles até distribuíram maços de tabaco aos médicos numa convenção médica e depois entrevistaram os médicos na entrada, perguntando qual era a sua marca de cigarros favorita ou o qual era a marca do maço que eles tinham no bolso naquele momento.

Infelizmente, o dinheiro corrompeu as indústrias como as grandes farmacêuticas que pagam aos médicos e cientistas para assumirem uma determinada posição e prescreverem fármacos e tratamentos específicos. Muitos estudos revistos ​​por pares têm resultados predeterminados que basicamente cuscam os factos adequados à sua narrativa. É mais um estratagema de marketing para publicar em revistas científicas e médicas do que evidências de descobertas credíveis.

O açúcar foi há muito considerado bom para enfiar pela garganta das crianças porque na década de 1960 um punhado de cientistas foi pago para o declarar como “bom”.

Os documentos mostram que um grupo comercial chamado Sugar Research Foundation, hoje conhecido como Sugar Association, pagou a três cientistas de Harvard o equivalente a cerca de 50.000 em dólares de hoje para publicarem uma revisão, em 1967, das pesquisas sobre o açúcar, a gordura e as doenças cardíacas.

Os estudos utilizados na revisão foram escolhidos a dedo pelo Sugar Research Foundation, e o artigo, que foi publicado no prestigiado New England Journal of Medicine, minimizou o vínculo entre o açúcar e a saúde do coração e despoletou confusão sobre o papel da gordura saturada.

Mas, mesmo na ausência da verdadeira corrupção, erros crassos estão a ser cometidos nas conclusões científicas.

A correlação não é causalidade. Este é um princípio fundamental da ciência. Duas coisas podem estar fortemente correlacionadas, mas isso não prova que uma cause a outra.

De acordo com a Reason Magazine:

Quando se trata de separar o trigo do joio nos estudos que são medíocres ou simplesmente de má qualidade, o epidemiologista Geoffrey Kabat da Universidade de Medicina Albert Einstein, é um tesouro nacional.

“A maioria das descobertas evidenciadas pelas pesquisas são falsas ou exageradas, e quanto mais dramático o resultado, menos provável é que seja verdade”, ele afirma no seu excelente e novo livro Getting Risk Right [Interpretando bem o Risco].

Kabat discute como “a dose faz o veneno”, na medida em que dizer que algo duplica o risco de uma doença pode ser estatisticamente irrelevante.

Por exemplo, pode acontecer que tenha ouvido que comer bacon aumenta o risco de cancro colorretal. Tecnicamente, isso é verdade. Se comer duas fatias de bacon todos os dias da sua vida, o risco de cancro colorretal aumenta de 5 para 6 por cento. Isso não é exactamente o mesmo risco que fumar cigarros, que aumenta o risco de cancro do pulmão entre 20 a 50 vezes.

E então, é claro, deve ser tido em conta o viés editorial. “Está a arriscar a sua vida ao comer Bacon” tem mais cliques do que “comer bacon todos os dias aumenta o risco de cancro em 1%”.

Kabat sugere que o princípio da precaução – “é melhor jogar pelo seguro” – é, em grande parte, um estratagema ideológico para alarmar o público e obter o seu apoio em relação às preferências políticas dos promotores.

Ele também destaca “a noção simplista de que o “consenso” entre os cientistas existe sempre.” Ele ressalva que o “consenso cientifico” já considerou outrora que as úlceras eram causadas pelos alimentos picantes e stresse em vez das bactérias…

avaliando o risco

O ponto a reter aqui é este: gosto de ser saudável e eu, pessoalmente e muitas vezes, sigo o princípio do “jogar pelo seguro”. Mas é um enorme abuso de autoridade impingir essa visão aos outros através do medo. É a atitude do “eu sei mais do que esses pacóvios” que infelizmente permeia a comunidade científica e médica.

Os OGMs [Organismos Geneticamente Modificados], pesticidas e produtos químicos como o BPA realmente são tão maus quanto dizem? Pessoalmente, eu evito-os mas, honestamente, não pesquisei o suficiente por mim mesmo para aferir com total certeza.

A gordura e o sal foram considerados e desconsiderados vezes sem conta como saudáveis e vice-versa.

O sal e a gordura foram considerados vezes sem conta como saudáveis, depois não saudáveis, e depois saudáveis ​​pelos especialistas.

As pessoas buscam nos médicos e cientistas orientação e, muitas vezes, sofrem uma lavagem cerebral através dos próprios preconceitos desses indivíduos e das suas opiniões infundadas.

Se um especialista não pode ou não quer responder a perguntas sobre o seu próprio trabalho, isso é um sinal de alerta. Quando as pessoas falam sobre o consenso entre especialistas em vez dos factos tangíveis, esse é outro sinal de alarme.

Muitas vezes na história recente deu-se o caso dos especialistas, cientistas e médicos estarem intencionalmente ou equivocadamente errados.

Às vezes, sim, devemos socorrer-nos dos especialistas, uma vez que é simplesmente impossível pesquisarmos tudo por nós mesmos. Mas isso não significa que devemos renunciar às devidas diligências, socorrendo-nos do pensamento crítico que a acompanha.

O medo vende. Estamos habituados a isso nos meios de comunicação mas, regra geral, não estamos à espera disso por parte dos médicos e cientistas. Mas eles também são humanos e estão tão propensos quanto os outros a promoverem e avançarem com a sua agenda pessoal em detrimento da verdade.

Fonte: http://www.thedailybell.com/news-analysis/real-fake-news-science-used-as-propaganda/