O sarampo pode ser uma “cura única para o cancro”, afirma um médico da Clínica Mayo
Os ensaios clínicos em andamento na Clínica Mayo estão a revelar um improvável aliado na luta contra o cancro… o vírus do sarampo.
Os cientistas há muito que sabem que ficar doente com o sarampo às vezes pode provocar uma redução espontânea no tamanho dos tumores, mas os recentes testes clínicos na Clínica Mayo demonstraram o potencial que o vírus tem para ser uma arma poderosa.
Num estudo de 2014, uma dose concentrada de sarampo colocou um paciente com cancro, em estágio avançado, em remissão a longo prazo.
A mulher em estado terminal havia sido tratada com todo o tipo de quimioterapias disponíveis e dois transplantes de células-tronco, apenas para reincidir sucessivamente.
Ela tinha um caso avançado de mieloma múltiplo, um cancro mortal do sangue difundido por todo o seu corpo e medula óssea, quando os investigadores propuseram-lhe um último recurso – uma dose enorme do sarampo.
Em cinco minutos, ela teve uma dor de cabeça e febre de 40.5º, seguida por vómitos e tremores.
No espaço de 36 horas, um tumor do tamanho de uma bola de golfe na sua testa tinha desaparecido, e duas semanas depois não havia nenhum cancro detectável no seu corpo.
“Foi o tratamento mais fácil que eu já fiz até agora”, afirmou à CNN.
A cepa do vírus foi projetacda e enfraquecida em laboratório, e depois de administrada numa dose forte o suficiente para vacinar 10 milhões de pessoas.
Tratar cancros com vírus não é novidade. Os cientistas da Clínica Mayo afirmam que a “viroterapia” tem sido usada com sucesso em milhares de pacientes com cancros, mas este é o primeiro caso de um paciente com cancro propagado por todo o corpo e entrar em remissão.
“Acho que tivemos sucesso porque aumentamos a dose mais do que nos outros”, afirmou o principal autor do estudo, o Dr. Stephen Russell.
“E eu acho que isso é crítico. A quantidade de vírus que está na corrente sanguínea é realmente o factor que determina o quanto penetra nos tumores.”
O vírus do sarampo faz as células cancerígenas unirem-se e explodirem, explica a pesquisadora da Clínica Mayo, a Dra. Angela Dispenzieri. Existem também evidências de que o vírus estimula o sistema imunológico, ajudando-o a reconhecer quaisquer células cancerígenas recorrentes e a “limpá-las”.
Ensaios clínicos subsequentes mostraram resultados similares com cancro do ovário, da mama e linfoma não-Hodgkin, de acordo com um estudo de 2016 intitulado “salvo pelo sarampo”. Os testes, actualmente, estão a avaliar o efeito do sarampo no glioblastoma multiforme, mesotelioma e carcinoma de células escamosas.
“Recentemente, começamos a pensar sobre a ideia de uma cura única para o cancro – e esse é o nosso objectivo com esta terapia”, afirmou Russell.
Comentário do autor: Fascinante. Na entrevista com a Dra. Stephanie Seneff, discutiu-se a ideia de que aquilo que pensamos serem bactérias e vírus patogénicos pode realmente servir como uma função útil para o organismo. Nós claramente temos uma compreensão bastante simplista de qual o efeito que os vírus e bactérias realmente têm sobre o organismo, tanto que, uma descoberta como esta, parece completamente desconcertante.
Fonte:https://www.sott.net/article/406958-Measles-virus-wipes-out-golf-ball-sized-cancer-tumor-in-36-hours
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